A antecipação e organização do planejamento orçamentário se tornaram estratégias fundamentais diante das mudanças trazidas pela reforma tributária no Brasil. E com o fim do ano se aproximando, muitas empresas ficam em dúvida sobre o que levar em consideração na hora de montar este planejamento
Amanda Bonanomi, contadora e sócia da Bonanza Consultoria, destaca que a reforma tributária trouxe pontos sensíveis que não podem ficar de fora do planejamento orçamentário.
“A reforma tributária já é realidade no Brasil, e mesmo com os anos de transição que teremos pela frente, esse tema não pode ficar de fora dos planejamentos atual e futuros das empresas. Um dos pontos que precisa estar no radar dos empresários, principalmente para os que possuem empresas optantes pelo Simples Nacional, é se manter-se no regime unificado de recolhimento ainda será a opção mais vantajosa. Isto porque a reforma trará uma opção híbrida de recolhimento podendo recolher o CBS e IBS por fora da guia única, e para cada modelo de negócio isso impactará de uma forma única. Uma análise ampla na estrutura da empresa deve ser feita para que ela se mantenha ativa no mercado de uma forma saudável e competitiva”, destaca.
Para reduzir riscos externos ao negócio, a contadora também indica que é fundamental aos negócios criar um planejamento que considere um fundo de reserva ou de provisão para determinadas situações.
“Entre as indicações, considero fundamental que o empresário provisione mensalmente um valor para todas as ocasiões que podem gerar forte impacto no fluxo de caixa, como 13º, férias e eventuais rescisões. Já no viés da reforma tributária, se a empresa possuir algum benefício fiscal, é crucial fazer uma avaliação no impacto tributário que a empresa irá sofrer, tendo em vista que a reforma irá extinguir alguns benefícios fiscais vigentes”, explica.
Por fim, a sócia da Bonanza explica que um dos meios mais assertivos para um planejamento orçamentário eficiente é analisar os dados do histórico da empresa e manter apoio profissional para tarefas administrativas.
“Com a unificação de impostos prevista na reforma tributária, haverá uma série de adaptações no curto e médio prazos para os negócios. Isso vai exigir ainda mais atenção frente aos tributos e ao controle financeiro da empresa. Neste contexto, é preciso analisar o histórico financeiro para reduzir custos e ter um planejamento que reduza gargalos, especialmente em períodos de vendas abaixo do normal ou com custos sazonais. Além de contar com consultoria financeira especializada, a terceirização da área financeira, por meio do serviço de BPO, pode dar ao empresário mais tranquilidade ao contar com profissionais experientes e conectados com as mudanças tributárias. Assim, ele pode se concentrar mais em seu core business e evitar falhas causadas por falta de proximidade com o meio tributário”, finaliza.
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