A valorização do mercado imobiliário do litoral norte de Santa Catarina não atrai apenas novos investidores e empreendimentos, mas vem estimulando também a abertura de modelos de negócios inéditos no Brasil. Em Porto Belo, considerado um fenômeno do segmento, além de vender, alugar ou permutar áreas e imóveis, agora é possível investir de outra forma, comprando uma fração de terreno.
De acordo com dados da DWV, plataforma que reúne informações de imóveis de todo o país, o valor do metro quadrado na cidade é de R$12.706,00, um dos mais altos do país. Outro diferencial que interessa o setor é que no município 90% das negociações de terreno são feitas por meio de permutas, onde a construtora não faz uma exposição de caixa para aquisição de terrenos.
Mas, apesar da permuta predominar no mercado, algumas das melhores áreas estão disponíveis apenas para venda. E é neste contexto que surge, de forma pioneira no país, um novo modelo de investimento, o Plano de Alavancagem de Patrimônio com Investimento Imobiliário.
Desenvolvido pela Arkidá Gestão de Investimentos, localizada em Porto Belo, o Plano consiste na aquisição de cotas de terrenos que estão à venda e são áreas de alto valor para permuta, e esse é o investimento que garante a melhor rentabilidade do capital dentro do mercado imobiliário, além de ser totalmente seguro.
A primeira etapa do Plano é a escolha dos terrenos com alto poder construtivo em localizações estratégicas, estudo de viabilidade da área, elaboração do projeto e a abertura de SPE (Sociedade de Propósito Específico) e SCP (Sociedade em Conta de Participação), opções societárias muito utilizadas no mercado imobiliário.
É por meio da Sociedade em Conta de Participação que os investidores, por meio de Contrato de Participação, adquirem sua cota de investimento imobiliário. Cada SCP possui sua própria SPE (Sociedade de Propósito Específico), que irá gerir o patrimônio dos investidores, os imóveis que estão sendo adquiridos, mantendo este empreendimento apartado do patrimônio da construtora e seguro para os investidores.
Após o registro da Sociedade em Conta de Participação e da Sociedade de Propósito Específico, ocorrem as próximas etapas, seleção dos investidores, aquisição dos terrenos e, por último, a permuta com a construtora. Ou seja, não é o proprietário do terreno ou os investidores que realizam a permuta junto à construtora, mas sim a SCP.
O terreno será escriturado em nome da SCP, atrelado a SPE, onde os investidores serão cotistas na proporcionalidade do seu aporte. A construtora fornecerá garantia real ou seguro para a realização da permuta no prazo da assinatura de contrato até a incorporação do empreendimento. O negócio é realizado com construtoras sólidas que tenham obras entregues e atuação no mercado de construção e incorporação há mais de 10 anos.
A permuta em empreendimento ocorre de acordo com as normas do Patrimônio de Afetação, Lei. 4.591. Art. 31. Na incorporação submetida a este regime, o terreno, assim como os demais bens e direitos a ela vinculados, ficarão apartados do patrimônio da incorporadora. Desta forma, os terrenos ficam em posse dos sócios da SCP até a entrega das unidades.
Independente da situação da construtora e mesmo que ocorram imprevistos na execução do empreendimento, a propriedade da fração do terreno está assegurada aos investidores. A maior vantagem deste modelo de negociação é a rentabilidade.
Os aportes para investimento no Plano partem de R$ 42 mil com a expectativa de valorização mínima anual de 30%, ou seja, ao final do período de seis anos, tempo que consiste entre a compra do terreno, permuta e construção do empreendimento, o investidor que aportou R$ 42 mil terá o valor de R$ 118 mil. Comparado ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), indicador usado para calcular renda fixa, no mesmo período o investidor teria um valor total de R$ 89 mil.
De acordo com Fabrício Pavesi, idealizador do Plano Starting, especialista em mercado imobiliário no litoral catarinense, os investidores reservam sua cota através do termo de adesão, mas o aporte financeiro só é realizado após fechar o número de participantes necessários para o sucesso da operação.
“Neste Plano, a matéria-prima são os terrenos. Cabe a nós transformar este terreno em um projeto único e exclusivo, que será negociado com construtoras, e o produto final é o apartamento. Ao fim da operação, o investidor recebe seu valor aportado com a rentabilidade do mercado imobiliário”.
Para Patrícia Nunes, corretora de imóveis especialista na intermediação de áreas para incorporadoras, este modelo de investimento veio para suprir um gap de mercado, pois há bons terrenos para incorporação que estão à venda e não disponíveis para permuta.
“Com o Plano permitimos que investidores possam adquirir esses terrenos e se tornem permutantes das incorporadoras. É uma modalidade de negócio segura e que permite aos investidores obterem os retornos que o mercado imobiliário do litoral catarinense oferece, aportando uma fração do que custa um imóvel na planta. É um excelente negócio para todos os envolvidos”, destaca a profissional.
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