Uma tecnologia brasileira, aprovada pela Anvisa, no Brasil, e pelo FDA, nos Estados Unidos, que amplia o atendimento neurocirúrgico e neurológico, contribuindo para decisões médicas mais assertivas e diagnósticos mais rápidos e seguros, acaba de ser incorporada ao portfólio do Laboratório de Neurofisiologia da Neuro Litoral, localizado em Balneário Camboriú.
A tecnologia brain4care permite monitorizar de modo não invasivo as variações de pressão e complacência dentro da cabeça. O neurocirurgião Henrique Takahashi, da Neuro Litoral, explica que o acesso a informações sobre a pressão intracraniana sempre foi um desafio para a neurocirurgia porque os métodos são invasivos.
“Para saber como está a pressão intracraniana do paciente, precisamos fazer um furo no crânio e inserir um cateter, ou seja, uma cirurgia. Esse procedimento é exclusivamente hospitalar e sua utilização limitada a casos selecionados, em geral, pacientes com nível neurológico rebaixado e entubados”, informa.
Com a tecnologia brain4care temos acesso a dados sobre a pressão e a complacência intracraniana de maneira totalmente não invasiva, explica. Em tempo real, as informações são captadas por um sensor posicionado na cabeça do paciente com uma banda de fixação por fora. Os dados são enviados via internet para a nuvem da brain4care, onde são processados por algoritmos e devolvidos no formato de relatórios na tela de um tablet ou smartphone comum. São dados que auxiliam no diagnóstico, na definição do tratamento e no acompanhamento da evolução dos pacientes.
“Assim, podemos usar o método em pacientes ambulatoriais, durante uma consulta, e obter um diagnóstico mais preciso. Afinal, não é factível internar um paciente que está com suas funções normais, mas com uma queixa de dor de cabeça, para fazer uma cirurgia e ficar em uma UTI para saber o estado de sua pressão intracraniana”, diz.
Takahashi afirma que tomou conhecimento dos estudos envolvendo a tecnologia de monitorização da pressão e complacência intracraniana da brain4care ainda durante sua formação – residência em neurocirurgia em um treinamento promovido pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
“Na época, a tecnologia estava em desenvolvimento, assim como os estudos científicos” afirma. De acordo com o neurocirurgião, a tecnologia brain4care na Neuro Litoral será muito importante, por exemplo, nos casos de pacientes com dores de cabeça sem um diagnóstico preciso, inúmeros casos de cefaleia pós-COVID, no qual ainda não se compreende bem o motivo relacionado a doença com o sintoma.
“A tecnologia pode beneficiar pacientes com dores de cabeça refratárias, hidrocefalia, hipertensão intracraniana idiopática, portadores de tumores cerebrais, entre outros. Além da neurocirurgia, o sensor também poderá ser utilizado pelos neurologistas da clínica”, informa o médico.
Sobre a Neuro Litoral
Fundada em 2 de abril de 2018, a Neuro Litoral é uma clínica especializada nos cuidados da saúde do cérebro e da coluna. Desde o início, sempre investiu na vanguarda da tecnologia de base científica em prol de seus pacientes. Além disso, o corpo clínico é composto por seis neurocirurgiões e sete neurologistas, todos com títulos de especialistas da Sociedade Brasileira de Neurologia e Neurocirurgia e com formações complementares em subespecialidades.
São duas unidades, uma em Itajaí (sede) e outra em Balneário Camboriú. Um dos destaques da clínica é o Laboratório de Neurofisiologia, localizado na unidade Balneário Camboriú, que oferece exames, como eletroencefalograma de última geração, eletroneuromiografia, potencial evocado somato-sensitivo (PESS). Além disso, outras tecnologias como a estimulação eletromagnética transcraniana.
Além de neurocirurgia, neurologia e neuropsicologia, a Neuro Litoral também atua nas seguintes especialidades: angiologia, cardiologia, cirurgia vascular, clínica médica, endocrinologia e metabologia e fisioterapia. Mais informações: https://neurolitoral.com.br/
Sobre a brain4care
A brain4care é uma healthtech brasileira de base científica que desenvolve e oferta tecnologia pioneira de monitoramento não invasivo de variações de pressão e complacência intracraniana. Isso é feito por meio de um dispositivo wearable (um sensor posicionado na cabeça do paciente com uma banda de fixação), acessível e de baixo custo, conectado via internet a uma plataforma analítica, que fornece em poucos minutos informações adicionais que qualificam o diagnóstico, orientam a terapêutica e indicam evolução de distúrbios neurológicos. Por sinal, distúrbios neurológicos são a segunda causa mundial de morte prematura e a primeira de incapacidades, de acordo com estudo publicado na The Lancet Neurology*.
Fundada em 2014 pelo físico e químico Sérgio Mascarenhas (1928-2021) e acelerada no Vale do Silício pela Singularity University em 2017, a brain4care obteve liberação da tecnologia pela Anvisa em 2019, pelo FDA em 2021 e encontra-se em utilização comercial em mais de 50 hospitais e clínicas no Brasil. Além disso, conta com 62 publicações científicas de estudos realizados em centros de referência como USP, Unifesp, Universidade do Porto e Cleveland Clinic.
Atualmente, a brain4care prepara sua expansão para o mercado internacional e conta com escritórios no Brasil, em São Paulo e São Carlos, e nos Estados Unidos, em Atlanta. Mais informações: https://brain4.care/
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