No dia 10 de agosto encerra a exposição “Revérbero”, com as fotoesculturas de Roni Munk. As obras, que são resultado de um ano e meio de trabalho do artista, sob mentoria de Scott MacLeay, causaram muita surpresa e contentamento para quem visitou. “Estou impactado porque essas formas, esse 3D, colocam a nossa interpretação das obras em outro patamar”, avalia o artista visual e urban sketcher de Curitiba (PR), Simon Taylor. Já para a coordenadora do Museu de Arte de Joinville, Ângela Peyerl, o colorido e as obras chamaram muita atenção. “O trabalho do Roni é simplesmente incrível, a plasticidade, a finalização dele é simplesmente fantástico”, comentou.
Além da técnica do artista ter chamado a atenção, as pessoas tiveram experiências diferentes em Revérbero, o que era uma expectativa inicial de Roni Munk. O consultor jurídico Saulo Leal comparou a sensação de “Revérbero” à exposição de Monet que visitou no Museu D´Orsay, em Paris. “O reflexo das plantas do lago, é maravilhoso, mexe com a cabeça da gente e dos sentidos. A gente se transporta para outra dimensão. É fantástico”, disse.
Em “Revérbero” os observadores podem apreciar mais de 25 obras resultantes dessa trajetória, que trazem temas escolhidos por Roni Munk, como dogmas, meio ambiente, racismo estrutural, entre outros. Esses assuntos foram trabalhados com a manipulação de chapas de aço, que tomaram diversas formas, definiram vazios e se apropriam de texturas, com a aplicação das fotos de Roni em fineart.
Para Roni Munk, “Revérbero” foi um marco em sua trajetória. “É uma exposição que marcou de forma importante o meu trabalho como artista visual. Foram uns 15 meses dedicados para criar e executar as obras, quase todas inéditas, com muitos desafios tanto criativos como para executar o que eu pensei. Muitas conversas com o Scott que fez um trabalho maravilhoso e respeitoso como curador. E o resultado me surpreendeu. Me emocionei e fiquei feliz porque muitas pessoas se emocionaram também ao imergir no espaço onde estavam as peças. Reverberamos!”.
Roni inspira-se no neoconcretismo, nas Lygias, em Oiticica e em Ferreira Goullart e na exposição “Photography into Sculpture realizada no Moma em Nova Iorque em 1970; considera o público como participante ativo que precisa ser instigado a ser co-autor ou co-artista. Segundo Scott MacLeay, curador e artista visual canadense, “Revérbero” proporciona um universo credível, no qual o visitante é imerso na mente e na alma do artista, deixando marcas indeléveis, a partir de uma cenografia não narrativa coerente, com obras que contam sua história otimizando o desejo de Roni Munk de provocar conversas com o público. Sobretudo, “Revérbero” pretende provocar reflexões para que as pessoas saírem diferentes da exposição, com insights sobre si e reverberar.
Agende-se:
[artes visuais] Revérbero, de Roni Munk
Até 10 de agosto de 2024
Horário: terça a sábado, das 9h às 18h
Local: Instituto Internacional Juarez Machado – Rua Lages, 994 – América – Joinville – SC
Sobre o artista
Roni Munk é carioca e fotografa desde criança, sob estímulo de sua mãe, Judith Munk (a primeira fotojornalista mulher do Rio de Janeiro) e desde 2016 dedica-se exclusivamente às artes visuais. A fotografia é a sua principal inspiração para se expressar artisticamente. Inicia com imagens bidimensionais e evolui para configuração de fotoesculturas e instalações, propondo uma conexão entre a fotografia, texturas, espectador, o espaço e o tempo. Roni Munk cria, trata, imprime e monta as imagens no seu estúdio, na região serrana do Rio de Janeiro. Nos últimos anos tem aprofundado a sua pesquisa configurando peças tridimensionais e instalações a partir de fotografias.
Exposições individuais: Cidade das Artes (Rio), Reserva Cultural (Niterói), Galeria 18 (São Paulo). Mostras coletivas: Espaço Judith Munk (Petrópolis), Icon Galeria (Rio), Paraty em Foco (Paraty), Centro de Artes Hélio Oiticica (Rio). Festivais: Festival Fotoempauta, de Tiradentes, Paraty em Foco (Paraty), Clube de Arte Fotográfica de Camaçari e Fotos Pro Rio. Editou 3 livros de artista. Publicou o livro “Do Outro Lado, do Lado de Cá” sobre o racismo estrutural.
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