Cuidar da saúde mental é essencial para garantir qualidade de vida. O equilíbrio psicológico desempenha um papel fundamental no bem-estar geral. Neste Janeiro Branco, mês dedicado à conscientização sobre a importância da saúde mental, o Dr. Márcio J. Dal-Bó — psiquiatra, psicanalista e professor de Medicina na UniSul e na Inspirali, maior ecossistema de educação médica do Brasil, — compartilha orientações sobre como promover o bem-estar social e psicológico.
Confira:
- Autoconhecimento – As pessoas são diferentes umas das outras, são únicas, e cada uma tem seus gostos, desgostos, afinidades, dificuldades. Não existe algo que tenha o mesmo valor para todos. O que ajuda na boa saúde mental é cada pessoa ter possibilidade de descobrir suas especificidades e viver em acordo com elas. Essa busca pode ser um desafio, mas vale a pena.
- Férias – As férias são importantes, desde que sejam períodos de tranquilidade, descanso e prazer. Mas é essencial que a pessoa esteja bem em seu período de trabalho, na sua vida rotineira, pois não é algo separado da vida pessoal. É importante planejar férias levando em conta a própria individualidade, gostos pessoais, afinidades, amigos, amores, etc.
- Cuidados pessoais – Viver uma vida desconectado do que se é, com desprezo a própria história, gostos e afinidades, é uma forma de descuidar da saúde mental. Estar desconectado de si mesmo é descuidar da saúde mental e um prato cheio para doença mental.
- Redes Sociais – Nos dias de hoje, com a velocidade das informações, as pessoas acabam tendo que pensar mais rápido, dar respostas rápidas, sem tempo de pensar, e isso pode causar uma certa angústia. Neste contexto, as redes sociais acabam influenciando tanto para saúde quanto para doença. É importante criar uma conexão saudável em suas redes, com espaços de discussão, de troca de ideias, de respeito às diferenças, pensando na individualidade.
- Rede de Apoio – Ter uma rede de apoio que se possa contar é imprescindível. A sensação de desamparo e solidão é massacrante. Uma rede de apoio pode ajudar numa retomada após um período difícil e/ou evitar um desastre. Mas é importante que as pessoas reflitam sobre o porquê se sentem tão sozinhas e qual sua participação nesta condição. Assumir as próprias responsabilidades na qualidade da própria vida é libertador.
- Tratamento – É importante buscar um tratamento que ajude a reconhecer os reais motivos de insatisfações. Tratamentos rápidos são importantes para urgências e emergências, mas um profissional conseguirá reconhecer bem seu paciente a longo prazo e ter a chance de ajudar a entender e compreender a sua existência única.
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