Médico explica o que é contratura capsular e por que a retirada da prótese não é a única solução

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A busca pela melhora na autoestima leva muitas mulheres a optarem por cirurgias plásticas, como a colocação de próteses mamárias – segundo procedimento mais buscado pelas brasileiras, conforme dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética. No entanto, mesmo com técnicas bem-sucedidas, algumas pacientes podem desenvolver algum tipo de complicação, como é o caso da chamada contratura capsular de grau avançado.

Segundo o médico cirurgião plástico Samuel Colman, que há cerca de 30 anos atua na área, a contratura capsular é resultado de uma reação do organismo contra um corpo estranho. Ou seja, é comum que se crie uma cápsula em volta da prótese, que, com o tempo, pode engrossar e resultar na contratura capsular. Mas, é possível prevenir o avanço do grau dessa condição para um caso grave.

“É uma reação natural do organismo tentar expulsar ou absorver um corpo estranho. E, por mais próximo do ideal que a prótese seja, ela continua sendo um corpo estranho, por isso ocorre a construção de uma membrana em volta do implante. Mas nem todos os casos são resolvidos só com cirurgia e nem toda dor nas mamas tem como causa as próteses”, esclarece o cirurgião plástico.

Cuidados tanto no procedimento quanto no acompanhamento em longo prazo fazem a diferença. Reprodução/Internet

De acordo com Colman, a contratura capsular é classificada em diferentes graus. Nos graus 1 e 2, a paciente não sente incômodos, nem alterações visíveis, apenas pode sentir o implante ao apalpar, no segundo caso. Nos graus 3 e 4, a paciente pode sentir dor, desconforto e observar alterações estéticas. Nos primeiros casos, é possível aplicar um tratamento clínico buscando diminuir o processo inflamatório, minimizando esses problemas. Nos graus mais avançados passa a ser necessária a substituição da prótese.

“É crucial diferenciar a contratura capsular da rejeição da prótese. Nem toda contratura leva à cirurgia, e cada caso precisa ser avaliado individualmente”, ressalta o Dr. Colman. O tratamento clínico visa inibir o avanço dos graus da contratura, utilizando medicamentos e nutrientes específicos. O médico destaca a importância de alguns suplementos vitamínicos, como a vitamina K2, que ajuda a levar o cálcio até os ossos e pode prevenir a piora da contratura, evitando que esse mineral chegue até a cápsula e contribua para a sua calcificação, por exemplo.

Fatores diversos contribuem para a contratura

Samuel Colman enfatiza que a contratura capsular pode ocorrer por diversos motivos, como alterações genéticas, deficiências de nutrientes, seromas e hematomas pós-operatórios, e até infecções no período perioperatório. Cada paciente merece uma análise completa de seu quadro de saúde e hábitos antes de passar por uma cirurgia.

“É possível fazer um tratamento com nutrientes para melhorar a qualidade da cápsula, aliviar os sintomas e proporcionar uma melhora na qualidade de vida da paciente. Se não houver melhora, a cirurgia pode ser necessária”, conclui o médico.

A orientação e a análise individualizada do caso são fundamentais para determinar o melhor curso de ação, seja ele clínico ou cirúrgico. Também é importante buscar um profissional qualificado e escolher próteses de qualidade. 

Sobre a Clínica Colman

Com uma equipe multidisciplinar, a Clínica Colman é especializada em cirurgia plástica e nutrição funcional e integrativa, com uma ampla gama de procedimentos de rosto e corpo. Fundada pelo médico e responsável técnico do espaço, Samuel Colman, tem como premissa a busca pela excelência através do equilíbrio entre a saúde física e emocional. Mais informações: www.clinicacolman.com.br

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