O presidente do SindsegSC, João Amato, que lidera a entidade na gestão 2022/2025, foi o anfitrião de um almoço especial em Blumenau, realizado no dia 20 de agosto, reunindo representantes do setor de seguros, autoridades e jornalistas de todo o país. Durante o evento, Amato apresentou as ações planejadas para comemoração dos 100 anos do Sindicato, além de fazer um balanço do setor no primeiro semestre de 2024 e compartilhar projeções sobre o impacto das mudanças climáticas no mercado de seguros e na sociedade catarinense.
O presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), Dyogo Oliveira, foi convidado de honra do evento e trouxe um olhar sobre o impacto das chuvas no Rio Grande do Sul, além das ações e projetos que o setor segurador vem trabalhando em função das mudanças climáticas.
Dyogo Oliveira, que acumula experiência como ex-ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (2016 a 2018), ex-presidente do BNDES (2018) e ex-presidente da Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (ANEAA, de 2019 a 2022), trouxe ainda um olhar nacional sobre o setor segurador.
“Esse almoço reuniu as pessoas em torno desta potência que é o setor de seguros em Santa Catarina. Apresentamos dados recentes, falamos de futuro e demos o pontapé inicial para as comemorações, um verdadeiro marco na história do SindsegSC”, destacou Amato, que tem reconhecida atuação na área comercial de seguradoras nacionais e multinacionais e, desde 2012, atua na Zurich Seguros, onde está à frente, atualmente, da Diretoria Comercial Regional Sul.
Alta do setor
Em relação aos números atualizados, o diretor-presidente da CNSeg aponta o crescimento do setor no primeiro semestre do ano e situações atípicas, como as enchentes no Rio Grande do Sul que levaram o setor segurador ao maior pagamento de indenizações em um único mês.
No acumulado até maio, o mercado segurador (excluindo Saúde Suplementar) desembolsou quase R$ 100 bilhões em indenizações, resgates, benefícios e sorteios para consumidores e empresas, um avanço de 2% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Deste montante, as indenizações de maio de 2024 somaram R$ 22,6 bilhões, o maior valor nominal já registrado em uma série histórica mensal, com um crescimento de 14,5% em relação a 2023. Esse aumento foi particularmente impulsionado pelos pagamentos efetuados aos segurados do Rio Grande do Sul, atingidos pelas fortes enchentes que devastaram a região naquele mês.
Somente no Rio Grande do Sul, em maio, foram pagos aproximadamente R$ 1,9 bilhão, um valor 175,2% superior ao registrado no ano anterior. Os principais responsáveis por esse resultado foram: o seguro Automóvel, com um aumento de 416,5% nas indenizações, totalizando R$ 925,7 milhões; os seguros Patrimoniais, que abrangem Residencial, Condomínio, Empresarial, Grandes Riscos, Riscos de Engenharia, entre outros, que desembolsaram R$ 314,8 milhões, um crescimento de 1.234,0% em relação a maio de 2023; o seguro Rural, que retornou mais de R$ 194,3 milhões aos produtores, um incremento de 112,7% comparado ao ano anterior; e o seguro Habitacional, com R$ 86,9 milhões pagos, um aumento expressivo de 1.713,9%. “As indenizações relacionadas à cheia somadas foram responsáveis por quase 80% do montante desembolsado pelo setor de seguros para o Rio Grande do Sul no mês”, destaca Dyogo Oliveira.
A situação climática traz um olhar especial para Santa Catarina, estado com forte potencial de sofrer consequências como eventos como cheias, vendavais e afins. No cenário de 2024, até maio, o setor movimentou R$ 7,4 bilhões em geral. Em relação aos últimos 12 meses, foi um crescimento de 12,0%. Até maio, à frente ainda está o seguro de automóvel, com R$ 1,3 bilhão enquanto os seguros relacionados a grandes riscos, chegaram a R$ 62,5 milhões. Ainda está no meio da lista, mas com registro de aumento de 24,2% de maio de 2023 a maio de 2024. “Esses dados nos levam a projetar o futuro de olho nas mudanças. Cada vez mais precisamos estar preparados para os riscos dos fenômenos naturais em nosso território”, pontua o presidente do SindsegSC, João Amato.
Selo especial dos 100 anos
Além dos dados, da conversa sobre o futuro e do relacionamento com os profissionais ligados ao setor de seguros, o almoço também apresentou o selo comemorativo aos 100 anos do SindsegSC. Criado pela agência LMCO, aposta na formação dos números conceituais, cujos zeros também lembram o símbolo de infinito, apontando a longevidade do sindicato.
Esta é mais uma ação de um extenso calendário que está sendo programado pelo SindsegSC para celebrar seu centenário de atividades em Santa Catarina. Com foco nos seus diferentes públicos de atuação, haverá palestras, jantares, treinamentos e atividades que reforçam este importante marco para a sociedade. A data de registro da fundação do Comitê Mixto Paranaense e Santa Catharinense de Seguros, em Curitiba (PR), foi em 28 de agosto de 1924.
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